ARQUITETO E DESIGNER DE INTERIORES.
CRIADORES DE ESPAÇOS.
FOTO: MARCELLO GARCIA
No mundo da arquitetura e do design, criar um projeto é bem mais
que desenhar ambientes. É um mergulho profundo em vários universos. Quando
projetamos algo, passeamos pelo mundo das artes, da construção, da moda,
estilo, artesanato, marketing, arte e até do comércio. Apesar de tão eclético e
rico, nosso ofício se resume há apenas uma questão: TRABALHAR COM ESPAÇOS QUE
MELHOREM A QUALIDADE DE VIDA DAS PESSOAS.
Elaborar um projeto requer horas de dedicação, levantamento de
informações, pesquisa de conceitos e repertórios que enriqueçam aquilo que será
materializado. O produto que oferecemos são desenhos explicativos e memoriais descritivos
que vão compor um documento importantíssimo que deverá ser interpretado com
exatidão pelos clientes e entendido claramente pelos vários profissionais que
executarão suas especificidades.
Nosso trabalho depende de muita gente para se tornar real. É essa
mão de obra que garantirá a excelência de um espaço. Por isso se faz necessária
a presença desse documento que incorpore o papel de conduzir os variados
protocolos e procedimentos técnicos necessários para o andamento tranqüilo de
uma obra. Isso sem falar do nosso olhar atento a todo transcorrer do processo
construtivo.
E tudo isso merece uma remuneração adequada não é mesmo? Pois a
responsabilidade é gigantesca para quem cria um espaço e administra sua
implantação.
De uns tempos para cá tenho notado a banalização crescente destas
relações de trabalho, colocando o criador de espaços numa posição confusa e obscura
na engrenagem de realização de um projeto que traduza os sonhos de um cliente. As freqüentes premiações, metas e incentivos promovidos
por lojas e associações, têm colocado cada vez mais em cheque a verdadeira
função dos arquitetos e designers de interiores tornando-os meros
representantes de marcas ou empresas, quando na realidade são especificadores
de produtos e serviços que primam pela qualidade técnica de um projeto, além de
adequação a sua estética.
Estamos num momento histórico de revisão deste papel, e
principalmente de sua transparência para o consumidor. Trabalhamos com criação
e não com vendas. Nossa independência e credibilidade devem ser resgatadas e
valorizadas para que o mercado nos acolha pelo real objetivo de nossas
infinitas horas de trabalho: TRAZER BEM ESTAR FÍSICO E MENTAL PARA A VIDA DO
SER HUMANO.
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